Desde a saída vitoriosa dos hebreus do Egito (após
430 anos de escravidão) até os dias de Jesus a Páscoa foi celebrada basicamente
com um sentido reflexivo e gratulatório. Neste período do ano os hebreus
alimentavam-se de pão sem fermento para recordarem o sofrimento que enfrentaram
no Egito. Os judeus, sucessores históricos dos hebreus, cumpriam anualmente
este mesmo ritual refletindo sobre tal fato e abstendo-se de comer pão
fermentado como gesto de solidariedade moral com seus antepassados.
O segundo sentido da Páscoa, gratidão, motivava
hebreus/judeus a oferecer culto a Deus, por meio de sacrifícios de animais,
agradecendo-o por sua ação de poder em favor de seu povo, ao libertá-lo da
escravidão egípcia. Estas celebrações tinham forte conteúdo pedagógico,
como a conscientização das novas gerações do sofrimento de seus irmãos no Egito
e da ação poderosa de Deus em seu favor, libertando-os de tão grande
opressão.
O que a Páscoa significa hoje:
Jesus deu novo sentido à Páscoa. Para judeus ela
significava libertação do jugo egípcio, para nós, é salvação do pecado pelo
sacrifício de Cristo. Hoje a celebramos como um momento também de reflexão e de
gratidão, embora com motivações diferentes.

Esta celebração atual tem, também, forte conteúdo
pedagógico ao revelar o amor redentivo de Deus por nós, ao demonstrar sua graça
maravilhosa em nos acolher – apesar de nossas falhas –, ao nos conceder
libertação e paz verdadeiras. A celebração cristã da Páscoa não termina
na Sexta-feira com o Cristo crucificado, nem no Sábado com o corpo de Jesus na
sepultura, mas no Domingo, com sua ressurreição gloriosa, o dia da alegria, da
vitória e, sobretudo, da paz.
Esta é a nossa páscoa: reflexão e gratidão, pois
Deus nos oferece Cristo que é a alegria verdadeira, a vitória plena e a paz
perfeita. Boa celebração da Páscoa, para você e sua família!
Pr. Antonio Barros
Diretor
Geral